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"Nós vamos defender uma imprensa livre", diz Glenn Greenwald sobre denúncia do MPF

Nesta terça-feira (21), o jornalista e mais seis pessoas foram indiciadas


Imagem: Reprodução do Twitter

Nesta terça-feira (21), depois da notícia do seu indiciamento, o jornalista Glenn Greenwald se pronunciou sobre o assunto. Além de emitir uma nota oficial, em um post no Twitter, Greenwald também prometeu que vai defender o direito de liberdade de imprensa no país.

Imagem: Reprodução do Twitter

"Sobre a notícia da denúncia do MPF: é um ataque a liberdade de imprensa, o STF, as conclusões da PF e a democracia brasileira. Nos vamos defender uma imprensa livre. Não seremos intimidados pelo abuso do aparato do estado nem pelo governo Bolsonaro", escreveu.

Já no seu comunicado oficial, Glenn Greenwald se pronunciou sobre a decisão do MPF. Ele criticou o posicionamento do governo Bolsonaro em relação à liberdade e o trabalho da imprensa brasileira

Imagem: Reprodução do Twitter

Vale destacar que a notícia do indiciamento contra Glenn repecurtiu ao redor do mundo. Os veículos internacionais "The Guardian" e o "New York Times" noticiaram a acusação. O jornalista americano também recebeu inúmeras manifestações de apoio nas redes sociais. Pelo Twitter, o jornalista internacional Edward Snowden prestou seu apoio e disse que as acusações do regime Bolsonaro contra Glenn eram falsas.

Imagem: Reprodução do Twitter

É importante relembrar que o Ministério Público Federal indiciou o jornalista Glenn Greenwald. De acordo com o MPF, Glenn é responsável por proteger os acusados de interceptação de mensagens que teriam sido obtidas dos telefones de autoridades, entre elas, o atual Ministro da Justiça, o ex-juiz Sérgio Moro. A acusação também afirma que o jornalista americano teria ultrapassado os limites do sigilo de fonte assegurados por tratados internacionais assinados pelo Brasil.

A denúncia foi assinada pelo procurador Wellington Divino. Segundo Divino, Glenn teria orientado o grupo de hackers a apagar os diálogos interceptados que foram repassadas. Os diálogos foram reproduzidos na denúncia do MPF. O procurador ainda afirmou que, por essa postura, Greenwald, teria tentado não se manter associado ao material que é considerado ilícito pelo órgão. Além do editor-chefe do "The Intercept", mais seis pessoas também foram indiciadas. O caso envolvendo as mensagens hackeadas pelo aplicativo Telegram está sendo investigado por meio da Operação Spoofing.

Para o procurador da Procuradoria da República, no Distrito Federal, Glenn Greenwald foi "partícipe" nos crimes de invasão aos dispositivos, além da monitoração ilegal de comunicações de dados e de associação criminosa.

Walter Delgatti Neto, o hacker que admitiu ter invadido as contas e repassado as conversas, para o jornalista, também foi indiciado neste processo. Thiago Eliezer Santos, Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira, Danilo Cristiano Marques e Luiz Henrique Molição são os outros cinco nomes ligados a Delgatti e que estão na mira do MPF.

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