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Dique flutuante afunda na Baía da Guanabara e dois trabalhadores morrem

Eles foram encontrados sem vida dentro da embarcação em Niterói

Por Anderson Madeira em 26/07/2021 às 16:16:33

Homens do Corpo de Bombeiros fazendo buscas após afundamento em Niterói. Foto: Reprodução/TV Globo

Um estaleiro flutuante pertencente ao estaleiro Renave, de Niterói, afundou nesta segunda-feira (26), por volta das 11h30 da manhã, na Baía da Guanabara. Dois trabalhadores metalúrgicos que estavam a bordo do dique morreram durante o acidente. As causas do acidente estão sendo apuradas.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 11h38. O resgate dos corpos mobilizou equipes do GMar de Botafogo, da guarnição de Niterói e do GMar da Barra da Tijuca. O estaleiro Renave fica na Ilha do Viana, no bairro do Barreto, na zona norte de Niterói.

No início da tarde, o Corpo de Bombeiros informou a identidade dos dois metalúrgicos que estavam desaparecidos: o montador Nilo de Paula, de 68 anos, e o encarregado de docagem, José Henrique da Silva, 45. Eles foram encontrados sem vida dentro da embarcação. Então, as buscas foram encerradas. A perícia já foi acionada para o local.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí informou que acompanha de perto o caso e cobra da empresa a causa do acidente. No início da tarde, o estaleiro informou que os fatos estão sendo apurados.

Ouça no podcast do Eu, Rio! (eurio.com.br) a reportagem da Rádio Nacional sobre o naufrágio do dique flutuante do Renave, que levou à morte dois trabalhadores do estaleiro de reparos.


Acidente no Rio

Em 19 de novembro de 2020, houve um acidente com carro no Porto do Rio, que matou quatro trabalhadores. Segundo o Corpo de Bombeiros na época, o veículo trafegava pelo porto e caiu nas águas da Baía de Guanabara e afundou.

Estaleiro: "estrutura metálica submergiu"

O Estaleiro Renave soltou a seguinte nota:

"Uma estrutura metálica que estava sendo idealizada como protótipo para inspeção em costados de embarcações submergiu de maneira inesperada em nosso cais.

Essa estrutura não tem propulsão, não tem combustível, possui bombas alimentadas por energia de cais(terra) e não gera gases explosivos.

Gostaríamos de deixar claro que não existe nenhum risco de vazamento de óleo, pelos motivos expostos.

Os profissionais envolvidos no acidente estavam acessando a casa de bombas, para testes de abertura e fechamento de válvulas.

Por motivos que ainda desconhecemos e que estão sendo apurados pelos órgãos periciais, 2 colaboradores infelizmente faleceram.

Nos solidarizamos com as famílias e prestaremos todo o suporte necessário nesse doloroso momento".

Marinha se solidarizou com vítimas

A Marinha do Brasil também fez um comunicado:

"A Marinha do Brasil (MB), por intermédio do Comando do 1º Distrito Naval (Com1ºDN), informa que a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ) tomou conhecimento, no início da tarde do dia 26 de julho, de que uma estrutura metálica de um protótipo para inspeção de embarcações teria afundado no Estaleiro Renave, nas proximidades da Ilha da Conceição, na localidade do Barreto, município de Niterói (RJ).

A CPRJ enviou uma equipe de Busca e Salvamento (SAR) para prestar apoio às buscas na localidade, em coordenação com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), que realizou o resgate dos corpos de duas vítimas. A Marinha do Brasil se solidariza com os familiares das vítimas.

Na ocorrência de acidente envolvendo embarcações, a Autoridade Marítima possui competência limitada à esfera administrativa, mediante a instauração de procedimento denominado Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN). Nesse caso será instaurado um IAFN para apuração dos fatos. Após concluído e cumpridas as formalidades legais, o IAFN é encaminhado ao Tribunal Marítimo (TM) para devida distribuição e autuação, dando vista à Procuradoria Especial da Marinha para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei nº 2.180/54, que dispõe sobre o Tribunal Marítimo.

Caso seja requisitado, o inquérito administrativo poderá ser disponibilizado à Autoridade Policial. Cabe destacar que a MB incentiva e considera importante a participação da sociedade, que pode ser feita pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e pedidos de auxílio), (21) 2104-5480 e (21) 97299-8300 (diretamente com a CPRJ, para outros assuntos, inclusive denúncias)".

Por Anderson Madeira
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