A ginasta brasileira Rebeca Andrade correspondeu de forma impressionante às expectativas na prova do individual geral da ginástica artística, conquistando a medalha de prata, a primeira das mulheres do país na modalidade. Agora começam as finais por aparelhos, com a definição do pódio do salto neste domingo (1), às 5:52 da manhã (horário de Brasília), com transmissão da Globo/SporTV e do Bandsports no Brasil.
A americana Simone Biles se retirou oficialmente desta final e também das barras assimétricas. Ela teve a maior pontuação no aparelho na fase classificatória, 15.183. No entanto, foi justamente um problema com um salto na final por equipes que fez Biles também abandonar o individual geral.
A substituta de Biles será Mykayla Skinner, que teve a quarta melhor marca das classificatórias, mas ficou de fora pelo limite de duas finalistas por país. A outra ginasta dos EUA na decisão é Jade Carey, segunda nas eliminatórias.
Andrade ficou em terceiro na classificação, com 15.100, em grande parte por sua bela execução do salto Cheng, que tem 6.0 de nota de partida. No entanto, a brasileira pode tirar uma carta da manga e aumentar o nível de dificuldade do segundo salto na final para tentar o ouro.
Esta é a segunda final que Andrade disputa no Japão. A terceira e última será no solo em 2 de agosto (segunda), dia que terá mais dois brasileiros em ação: Arthur Zanetti nas argolas e Caio Souza no salto. Flavia Saraiva compete na final trave no dia seguinte (3).
Nascida em Guarulhos (RJ) e atleta do Flamengo, Andrade segue os passos de Daiane dos Santos, a primeira brasileira campeã mundial de ginástica em 2003 e quinta colocada no solo em Atenas 2004. Enquanto a gaúcha empolgava o mundo com o "Brasileirinho" no solo, Andrade escolheu o "Baile de Favela" do MC João para sua rotina no solo. Comentarista na TV Globo, Santos se emocionou ao apontar a importância da representatividade de ver ginastas negras no topo do mundo.
Andrade também leva consigo as suas dores, principalmente as três cirurgias de ligamento cruzado anterior no joelho, que a impediram de mostrar a sua ginástica em diversas competições importantes. Em Tóquio, ninguém pode pará-la.
COI