O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da área Bangu e Campo Grande e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), participou, na quarta-feira (28/07), de uma operação com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), para cumprir um mandado de prisão preventiva contra o policial penal Peterson Lopes da Silva, no Complexo Prisional de Gericinó.
O policial estava sendo monitorado pela Subsecretaria de Inteligência do Sistema Penitenciário por meio de um trabalho integrado com o MPRJ e, segundo as investigações, seria responsável por transportar e levar chips e aparelhos de telefonia celular para dentro de unidades prisionais. O material, comprado em uma loja localizada em Nilópolis, era vendido aos presos de forma ilícita e utilizado para a prática de crimes, principalmente extorsões e extorsões mediante falso sequestro.
Além da prisão de Peterson, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Regional de Bangu na loja em Nilópolis, na residência do policial penal e no Complexo Prisional de Gericinó. As equipes apreenderam seis telefones celulares, R$29 mil em espécie, um cheque no valor de R$2.600 e quatro armas de fogo.
O policial esteve lotado até 30/06/2022 no Instituto Penal Plácido Sá Carvalho, onde os telefones eram utilizados, em sua grande maioria. Atualmente, Peterson trabalhava no Presídio Lemos Brito, unidade prisional destinada à custódia de presos integrantes de uma facção criminosa com forte atuação no tráfico de drogas, onde o policial penal atuava. Peterson tem 47 anos e estava há seis anos na Secretaria de Estado de Administração Penitenciária.
Os aparelhos de telefonia eram comprados por Peterson numa loja de Nilópolis, da Baixada Fluminense, de propriedade de Felipe Ferreira Vieira. Agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público (CSI/MPRJ), cumpriram o mandado de busca e apreensão na loja de Felipe.