A Fórmula 1 perdeu nesta segunda-feira (20) uma de suas grandes lendas. Morreu aos 70 anos em Viena o lendário tricampeão mundial Niki Lauda. De acordo com um e-mail enviado pela família ao jornal austríaco Die Presse, o ex-piloto que ano passado havia passado por uma cirurgia de transplante de pulmão, teve uma falência renal e estaria cercado por familiares na hora da sua morte.
"Com profunda tristeza, anunciamos que nosso amado Niki morreu pacificamente com sua família na segunda-feira, 20 de maio de 2019. Suas realizações únicas como atleta e empreendedor são e permanecerão inesquecíveis; seu incansável entusiasmo pela ação, sua franqueza e sua coragem permanecem um modelo e uma referência para todos nós. Era um marido amoroso e atencioso, pai e avô longe do público, que sentirá sua falta - diz o e-mail assinado com a família de Lauda".
Desde 2012 atuando como dirigente da Mercedes, sendo inclusive um dos responsáveis pela ida do pentacampeão Lewis Hamilton para a equipe alemã, Lauda marcou época nos anos 70 e 80, sendo o único piloto sendo campeão pela Ferrari (1975, 1977) e pela McLaren (1984).
Sua carreira também ficou marcada pelo grave acidente que sofreu no Grande Prêmio da Alemanha em 1976 quando a sua Ferrari pegou fogo e ele ficou preso nas ferragens, respirando gases tóxicos e sofrendo queimaduras graves.
Reza a lenda que até um padre teria sido chamado no hospital para lhe aplicar a extrema unção, mas o austríaco conseguiu se recuperar e voltar ao campeonato ainda naquele ano em uma disputa histórica com o inglês James Hunt. Essa história é lembrada no filme "Rush" (2013), onde o ator alemão Daniel Brühl deu vida ao tricampeão.