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Fernandinho Guarabu é morto em confronto com a PM

Ele era o traficante há mais tempo no poder no Rio

Por Mario Hugo Monken em 27/06/2019 às 09:06:28

Guarabu estava à frente do Dendê pelo menos desde 2003. Foto: Reprodução

O chefe do tráfico no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, foi morto em um confronto com policiais militares nesta quinta-feira (27l) em seu reduto. Na mesma ação, outros quatro criminosos foram mortos e que um fuzil, quatro pistolas, granadas, rádios, drogas e um caderno com a contabilidade do tráfico foram apreendidos. Entre os óbitos, estão também os bandidos conhecidos como Gil e Batoré, que juntamente com Guarabu lideravam do crime organizado na região.

Guarabu era o traficante há mais tempo no poder no Rio. Estava à frente do Dendê pelo menos desde 2003.  

Ele também era conhecido na região como LG, Cebolinha, Lopes ou Jonhy Fernando, e possuía 14 mandados de prisão, entre eles, associação para a prática de tráfico ilícito de substância entorpecente, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, homicídio qualificado mediante pagamento ou promessa de recompensa. O Disque Denúncia oferecia uma gratificação de R$ 30 mil para quem ajudasse com informações para a sua captura. 

Fernandinho Guarabu, como é conhecido, passou a lucrar com a exploração da circulação de vans e kombis na localidade, que teriam como taxas no valor de R$ 330 por motorista. O traficante também estendeu seus negócios com venda de botijões de gás, tv a cabo clandestina e internet. 

Segundo informações, ele oferecia melhorias na comunidade, em troca de ausência de denúncias em seu desfavor. Ele e seu amigo de infância e braço direito do tráfico, Gilberto Coelho de Oliveira, o Gil, que é o segundo na hierarquia da comunidade, expandiram seus domínios em relação ao tráfico de drogas, até a Baía de Guanabara. 

Para se manter no poder, além da propina paga a PMs, Guarabu tinha olheiros espalhados pela Ilha do Governador, que tem apenas um ponto de entrada por terra: a Ponte do Galeão. Cauteloso, o mesmo também colocava olheiros em lajes de residências em ruas ao redor do Dendê. Segundo a polícia, o traficante teria montado um "exército" e há, nos acessos à comunidade, bandidos que fazem a "contenção" de seus pontos de drogas. 



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