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Polícia encontra cemitério clandestino da milícia em Itaboraí com 12 corpos

Local foi descobertos nos desobramentos da Operação Salvator que prendeu 45 milicianos da região

Por Mario Hugo Monken em 05/07/2019 às 17:40:43

Foto: Google Maps/Reprodução

A Secretaria de Estado de Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), localizou um cemitério clandestino nessa sexta-feira (05), no bairro Itamarati, em Itaboraí, na Região Metropolitana. Segundo as investigações da especializada, o local seria usado pela milícia que atua na região e foi alvo da Operação Salvator, realizada na última quinta-feira e que terminou com 45 mandados de prisão cumpridos. Doze corpos foram encontrados, alguns em processo de decomposição e ossadas. A perícia está no local. A ação tem o apoio do Ministério Público Estadual.

Segundo a DHNSG, o grupo é responsável por pelo menos 50 homicídios na região, ocorridos desde janeiro de 2018. Muitas das vítimas estão desaparecidas.   
Milicianos já mortos 

Pelo menos três integrantes da milícia de Itaboraí sendo dois denunciados pelo Ministério Público Estadual do Rio já estariam mortos, segundo o que revela o processo que tramita na Justiça contra a quadrilha. Ambos são irmãos.

Um deles é Cleyton Tavares da Silva, vulgo Japinha. Ele teria sido morto após realizar um assalto no bairro de Itambi ou Gebara, fato que está sendo apurado.

O outro é Pablo Tavares da Silva, conhecido como Japinha, que teria sido vítima de uma emboscada de integrantes da própria milícia.

O terceiro é conhecido apenas pela alcunha de Júnior. O responsável por esse homicídio também foi assassinado pela milícia. Júnior teria participado da chacina de dez pessoas no município ocorrida em janeiro deste ano.

Os milicianos não invadiam áreas do tráfico somente com intenção de tomá-las. Eles queriam também obter armas. Uma interceptação telefônica flagrou um dos integrantes do bando tratando de uma investida contra os traficantes no bairro Apolo com objetivo de arrecadar peças que, no jargão policial, significa armas.

As escutas também flagraram o mesmo miliciano negociando uma arma de fogo pelo valor de R$ 9 mil.

Um homem e uma mulher que foram vítimas de extorsão e tortura por parte dos milicianos ameaçadas de morte após incursão da DHNSG em Visconde, quando vários veículos utilizados pela milícia foram apreendidos e retirados de circulação.

A organização criminosa, comandada por Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, que está preso, é responsável por vários casos de homicídios, torturas, extorsões, desaparecimento de pessoas e cemitérios clandestinos. O grupo chegava a lucrar cerca de R$ 500 mil por mês ameaçando moradores e comerciantes de Itaboraí.

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